PEYOTE,O FAMOSO MESCALITO DOS LIVROS DE CASTAÑEDA

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Peyote, o famoso mescalito, dos livros de Castañeda

Plantas de poder

O Peiote ( Lophophora Williamsii ) é um pequeno cacto redondo (menos de 12 cm no diâmetro, uma planta de poder utilizada pelos nativos do México e EUA. O famoso mescalito, dos livros de Castañeda, (derivado da mescalina seu princípio ativo) É o sacramento da Igreja Nativo Americana – NAC (Native American Church ).
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Segundo Sangirardi Jr., os nomes peyote, peiote, pellote são formas hispanizadas do nome vulgar do cato sagrado dos antigos astecas. Os autores ingleses e norte-americanos escrevem peyote. Em náuatle é peyotl. assim grafaram os primeiros cronistas coloniais. e assim permanece até hoje entre os indios mexicanos.
Os huicholes dão ao peiote o nome de hicurí; os coras, seus vizinhos de huatari. entre os tarahumares rambém é hicurí, mas seguido de um oposto, huanamê que significa superior, mais alto, por certo em decorrencia do caráter religioso da planta. É o señi dos kiowas, o wokowi dos comanches e o ho dos apaches mescaleros.
A maioria das ceremonias formais do Peiote misturam rufar tambores de água, cantar, orar, e contar histórias como meios de oferecer agradecimentos e como uma maneira de compartilhar com o Criador.Usado pelas tribos mexicanas, seu uso, era uma tradição bem estabelecida na época da entrada européia no mundo novo. Este uso religioso pré-histórico difundiu eventualmente nas regiões norte-americanas. Junto com esta migração vieram as mudanças nas ceremonias básicos associadas com o Peiote.
O peiotismo mexicano é muito famoso pelas práticas tradicionais da Tribo Huichol. . A maioria do peiotismo norte-americano são identificados com a Igreja Americana Nativa – Native American Church (NAC), um grupo grande na maior parte composta por nativos. Há umas divisões numerosas do NAC (NAC de America do Norte, NAC de Navajoland, NAC de S. Arizona, etc.), com cada divisão composta de diversos núceos locais. Segue abaixo transcrição do artigo de Lu Gomes e Roberto Navarro :
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” Com a chegada dos conquistadores espanhóis no México, o peiote foi perseguido pela inquisição e proibido como obra do demônio, o que não impédiu que seu uso continuasse muito difundido entre os indios mexicanos. na verdade, a disseminação cresceu nos anos seguintes, quando foi introduzida nos EUA pelos apaches mescaleros. No século XIX, o peiote desempenhava papel central na religião de várias tribos norte-americanas, incluindo os comanches, os cheyennes, os delawares e os kiowas.
Em 1906 surgiu a igreja Nativa Americana (Native American Church – NAC) que consomem legalmente o peiote em suas cerimônias, graças a um dispositivo constitucional que assegura total liberdade aos cultos religiosos, para o restante da população desses dois países, assim como para o resto do mundo, o uso da droga permanece proibido e restrito a experiências científicas.
O peiote deriva do cacto Lophophora, que cresce no Mexico e na região sudoeste dos estados Unidos. depois de colhido, o cacto é deixado para secar, adquirindo então, o aspecto de um botão enrugado de cor marrom. esse botão ressecado é o peiote, que contém vários alcalóides de ações diversas, incluindo, entre outros, um excitante dos reflexos, um convulsivo e um estimulante respiratório. A planta deve seu poder principalmente à mescalina, embora a presença de outros alcalóides psicoativos como a loforina e a anhalonina, produza efeitos mais fortes e diferentes daqueles experimentados com a ingestão da mescalina pura.
O uso médico do peiote foi bastante difundido entre médicos norte-americanos no final do século XIX, que receitavam como tônico cardíaco e medicamento para dificuldades respiratórias. ele também chegou a ser testado antiespasmódico e até mesmo em caso de manifestações histéricas, mas hoje em dia sua aplicação terapêutica é nula. estudos realizados na Universidade do estado da Califórnia, por James McCleary, revelaram que substâncias extraídas do peiote possuem propriedades antibióticas inibindo as atividades tóxicas do Sataphylococcus aureus , uma bactéria resistente à penicilina.
Samael Aun Weor, da Gnose, em seu livro : Tratado Esotérico de Endocrinologia, destaca a Glândula Pituitária, como regularizadora e controladora da estrutura celular. A pituitária é a glândula mestre do sistema endócrino, controlando as demais glândulas. Também tonifica os músculos involuntários do organismo. Cito ainda a afirmação do Dr. Jorge Adoun, de que o atómo do Cristo Cósmico se acha na glândula pituitária. Ela é do tamanho de uma ervilha e é localizada no cérebro. Blavatsky disse que a glândula pituitária é o pagem e a porta-luz da Glândula Pineal.
Os yoguis dizem que da glândula pituitária nasce a flor de lótus de duas pétalas, eles asseguram que é dai que vem o dom da clarevidência. Já alguns astrólogos afirmam que a pituitária está influenciada por Vênus.
Agora leiam o que Samael escreve sobre a pituitária, que tem a ver com o xamanismo :
Durante a colonização espanhola no México, conta-nos a tradição que sacerdotes católicos efetuaram trabalhos de catequese junto aos astecas, falando-lhes de Anjos e Arcanjos. Por sua vez, os sacerdotes astecas convidaram os católicos para comer. Dizem que os sacerdotes católicos comeram entre os alimentos um cactus. Esses cactus despertaram momentaneamente a clarevidência dos sacerdotes espanhóis. Em seguida estes viram anjos, arcanjos, etc, etc. O assombro foi terrível, e não sabiam os sacerdotes católicos o que fazer. Entretando os índios sorrindo diziam :
– Estes anjos e arcanjos de que nos falais, faz muito tempo que os conhecemos !
Conta a tradição que sacerdotes católicos fizeram matar os sacerdotes aztecas considerando-os bruxos ou feiticeiros. Não existe dúvidas de que esse cactus tem o poder de despertar instantaneamente a clarividência a quem come. Esse cactus é o Peiote. A biologia não pode subestimar o peiote, nem assegurar em forma dogmática e intransigente que as percepções sejam alucinações.

Castañeda em “A Erva do Diabo”:

” Os outros estados de realidade não comum que Dom Juan me fez experimentar foram provocados pela ingestão do cacto Lophophora williamsii (Mescalito), comumente conhecido por peiote. Geralmente a parte superior do cacto era cortada e guardada até secar e, depois, mastigada e ingerida; mas, em circunstânciais especiais, a parte superior era ingerida quando ainda fresca. A ingestão, porém, não era o único meio de experimentar um estado de realidade não comum com a Lophophora williarnsii. Dom Juan sugeriu que estados espontâneos de realidade não comum ocorriam em condições sui generis, e ele as classificou como dádivas do poder contido na planta.
A realidade não comum provocada pela Lophophora williamsii tinha três características distintas:
  • acreditava-se que fosse produzida por uma entidade denominada “Mescalito”;
  • era utilizável;
  • tinha elementos constituintes.
Mescalito era suposto ser um poder único, semelhante a um aliado no sentido de permitir que a pessoa transcendesse os limites da realidade comum, mas também bem diferente de um aliado. Como um aliado, Mescalito era contido numa planta definida, o cacto Lophophora williamsii. Mas, ao contrário de um aliado, que era apenas contido numa planta, Mescalito e a planta que o continha eram o mesmo; a planta era o centro de manifestações francas de respeito, merecendo uma veneração profunda. Dom Juan acreditava firmemente que, sob certas condições, como num estado de profunda aquiescência para com Mescalito, o simples ato de estar próximo ao cacto produziria um estado de realidade não comum.
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Mas Mescalito não tinha regulamento e, por esse motivo, não era um aliado, embora fosse capaz de transportar o homem além dos limites da realidade comum. O fato de não ter regulamento não só barrava Mescalito de ser usado como aliado, pois que, sem um regulamento, ele não podia ser manipulado, como ainda o tornava um poder muito diferente de um aliado.
Como conseqüência direta de não ter regulamento, Mescalito à disposição de qualquer homem, sem a necessidade de uma longa aprendizagem ou o compromisso de técnicas de manipulação, como exigia um aliado. E como ele estava disponível sem qualquer treinamento, Mescalito era considerado um protetor. Ser um protetor significava que podia ser alcançado por qualquer pessoa. E no entanto, Mescalito como protetor era acessível a todos; e, com certos a indivíduos, não era compatível. Segundo Dom Juan, essa incompatibilidade era causada pela discrepância entre a “moralidade inflexível” de Mescalito e o caráter duvidoso do próprio indivíduo.
Mescalito também era um mestre. Supunha-se que tivesse funções didáticas. Era um diretor, um guia para o procedimento correto. Mescalito ensinava o caminho do bem. A idéia que Dom Juan fazia do caminho do bem parecia ser um sentido de correção que consistia não de retidão em termos de moral, mas de uma tendência para simplificar os padrões de comportamento nos termos da eficiência promovida por seus ensinamentos. Dom Juan acreditava que Mescalito a simplificação ensinava ação do comportamento.
Acreditava-se que Mescalito fosse uma entidade. E como tal era suposto ter uma forma definida, que geralmente não era constante nem previsível. Essa qualidade indicava que Mescalito era percebido de maneiras diferentes não só por homens diferentes, como também pelo mesmo homem em ocasiões diferentes. Dom Juan exprimiu essa idéia em termos da faculdade de Mescalito de adotar qualquer formes a concebível. Para os indivíduos com quem ele era compatível, porém adotava uma forma imutável, depois que eles tivessem participado dele por alguns anos.
A realidade não comum produzida por Mescalito era utilizável, e nesse ponto era idêntica à produzida por um aliado. A única diferença era o fundamento lógico que Don Juan usava em seus ensinamentos para provocá-la: a pessoa devia procurar “as lições de Mescalito sobre o caminho certo”. A realidade não comum provocada por Mescalito também tinha elementos constituintes, e aqui mais uma vez os estados de realidade não comum produzidos por Mescalito e por um aliado eram idênticos. Em ambos, os característicos dos elelementos constituintes eram a estabilidade, singularidade e falta de consenso.”
Fonte:http://www.xamanismo.com.br/peyote-mescalito/

Wachuma – San Pedro – Peiote – Mescalina

O nome quéchua do cacto Trichocereus Panachoi é “Wachuma”. O nome San Pedro, lhe é atribuído por dar ao iniciado a “chave” para entrar no Céu. Trata-se de um cacto que chega a atingir a mais de dois metros de altura, tendo a mescalina (Peyote) como princípio ativo.
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Tem sido utilizado há séculos pelos índios do Peru e do Equador. É conhecido por xamãs por estar sempre em harmonia com os poderes dos animais, de seres e personagens fortes, de seres sobrenaturais, principalmente o Jaguar.
O uso atual do San Pedro concentra-se nas regiões costeiras do Peru e nos Andes do Peru e Bolívia, e tem recebido forte influência cristã. É aplicado para curar enfermidades, incluindo o alcoolismo e problemas mentais, para adivinhações, poções amorosas, para combater feitiçaria,purificação, etc.
É conhecido também por huachuma, mescalina, peyote, achuma, agua colla, cardo, huando hermoso, gigantón, San Pedrito, San Pedrillo.
Sanguirardi Jr:
” O emprego religioso, pelo índio, da bebida extraida do San Pedro é tradição secular, que se perdeu para sempre. Hoje, o uso ritual com finalidades mágicas e curativas ocorre em práticas nas quais as raízes ameríndias são enxertadas com o catolicismo, o espiritismo e a feitiçaria européia.
Mesmo na forma sincrética atual, seu conhecimento pelos estudiosos é recente.
Por que São Pedro ?
O cacto abre as portas do Céu. Daí ter recebido o nome do apóstolo a quem disse Jesus : ” Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: o que ligares sobre a Terra será ligado aos céus…” (Matheus 16:19).
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A mesma ligação é estabelecida pelo San Pedro – Peiote, que dá ao xamã as chaves que abrem as portas do mundo invisível, fonte dos seus poderes mágicos, divinató0rios e terapêuticos.
Em Plants of the Gods de Schultes e Hofmann :
O San Pedro possui um símbolo do curandeirismo, pois sempre está em harmonia com os poderes dos animais, do seres fortes, dos seres sobrenaturais.
É uma das plantas mais antigas da América do Sul. A prova mais antiga remonta o ano de 1.200 a.C. Na imagem uma mulher com cara de coruja, possivelmente uma xamã, segurando um cacto San Pedro.
Quando os espanhóis chegaram ao Peru, usava-se muito San Pedro. Um texto eclesiástico diziam que os xamãs tomavam a bebida chamada Wachuma, e como era muito forte, depois de tomaram perdiam o juízo e ficavam privados dos sentidos, tinham visões nas quais aparecia sómente o diabo. Como aconteceu com o Peyote no México.
Atualmente o São pedro é empregado para curar enfermidades, incluindo o alcooolismo e a loucura, par adivinhação, para namoros, para combater qualquer tipo de feitiçaria e para assegurar êxito nas empresas pessoais.
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Os xamãs distinguem quatro tipos de cactos à partir de suas costelas. Os mais raros são aqueles que tem quatro, e são considerados os mais potentes, possuem poderes sobrenaturais especiais, sendo que as quatro costelas representam os quatro ventos, os quatro caminhos.
Em 1992, estávamos Agustin,eu, e um grupo de norte-americanos em Machu Pichu. Tomamos a decisão de realizar um trabalho com Wachuma ( peiote) nas ruínas. E lá fomos.
Chegamos à tarde nas ruínas, e, quando foi por volta das 21:00 hs. iniciamos o trabalho, nenhuma pessoa mais estava presente, a não ser os Espíritos de Machu Pichu.Agustin tinha levado dois rapazes que ficavam tocando flautas andinas o tempo todo, o que ajudou muito na harmonização do trabalho.
Após duas horas, já na segunda dose de San Pedro, as visões. Machu Pichu, sem utilizar nenhuma planta, já conduz as pessoas a estados alterados de consciência. Podia perceber os Espíritos Incas, como se tivesse voltado no tempo. Os rituais, a Festa do Sol. Olhando para cima…num instante as nuvens se transformaram num imenso Condor..
Num momento pedí a Agustin, que falasse um pouco sobre os Incas. E, ele nos indicou uma pedra e pediu que encostássemos nossa testa nela. Foi, a melhor resposta, me senti como recebendo um “pen drive” em minha mente. Pude compreeender sem palavras a cosmologia do Povo Inca. O legítimo Império do Sol. Sentia muita emoção. Sabia que já tinha feito parte daquela história. Senti-me resgatando um pedaço do meu ser, que estava perdido no tempo e espaço.
Estávamos no Alto, as nuvens passavam por nosso corpo, parando nos joelhos e, acima o céu estava limpo e cheio de estrelas, as nuvens iam formando fendas, dando para ver a cidade embaixo. Tive a impressão de estar no céu, caminhando pelas nuvens.
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O ponto que iniciamos o trabalho, era nas Fontes Sagradas, que ficam a 850 m. ao sul da cidade, onde as águas corriam por um canal de pedra despejando-se por cima de um terraço do Templo do Sol.Estávamos em centros religiosos onde realizavam-se as festas principais do calendário Inca e os cerimoniais ligados à água (setembro a março) e à agricultura.Foram também centros de purificação de iniciados e de sacerdotes conferindo-lhes renovação e conhecimentos místicos.
Era costume dos sacerdotes realizar cerimônias e rituais com oferendas de conchas do mar, chamadas : As Filhas do Mar. As conchas eram o alimento dos deuses do Yakumama, Serpente de Uma Cabeça.
Pude ver animais guardiões dos portais da cidade. Nesse trabalho pude compreender que Machu Pichu, ainda está muito habitada graças a força de Wachuma .
Fonte:http://www.xamanismo.com.br/wachuma-san-pedro-peyote-mescalina/

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